quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos são partes de resíduos que são gerados após a produção, utilização ou transformação de bens de consumos (exemplos: computadores, automóveis, televisores, aparelhos celulares, eletrodomésticos, etc).

Grande parte destes resíduos é produzida nos grandes centros urbanos. São originários, principalmente, de residências, escolas, indústrias e construção civil.

Muitos destes resíduos sólidos são compostos de materiais recicláveis e podem retornar a cadeia de produção, gerando renda para trabalhadores e lucro para empresas. Para que isto ocorra, é necessário que haja nas cidades um bom sistema de coleta seletiva e reciclagem de lixo. Cidades que não praticam este tipo de processo, jogando todo tipo de resíduo sólido em aterros sanitários, acabam poluindo o meio ambiente. Isto ocorre, pois muitos resíduos sólidos levam décadas ou até séculos para serem decompostos.

Alguns tipos de resíduos sólidos são altamente perigosos para o meio ambiente e merecem um sistema de coleta e reciclagem rigorosos. Podemos citar como exemplos, as pilhas e baterias de celulares que são formadas por compostos químicos com alta capacidade de poluição e toxidades para o solo e água.


As margens do Morro da Posse, entre os sub bairros Adriana até o Parque São Pedro, lixo para todos os lados. O que fez a Comlurb?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

domingo, 13 de novembro de 2011

Sustentabilidade ambiental

 Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, assustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

Ações relacionadas a sustentabilidade

- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário. 
- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.
- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.

- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.

Benefícios
A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011


 NO CAMINHO DO FOGO - REPLANTIO

PROJETO DE REFLORESTAMENTO

 
REFLORESTAMENTO MORRO DA POSSE
DECLARAÇÃO DE ESCOPO


Projeto de Reflorestamento originalmente encaminhado à ALERJ


I -   Elaboração do Projeto


Christian da Silva Salles
Formação: Administrção de Empresa e Administração Pública/UFRRJ
Guarda Municipal  – Matrícula 30/639026-2
Residente: Rua Maria do Carmo Castro, 430 – Sub bairro Carina I
Campo Grande – Rio de Janeiro-RJ CEP: 23093-270
Tel: (21)8114-2950

II - Descrição do Projeto

O projeto contempla a implantação do reflorestamento de árvores nativas da mata atlântica no Morro da Posse, nas proximidades do sub-bairro Carina I, no bairro de Campo Grande, Zona Oeste do Município do Rio de Janeiro-RJ.

III -         Objetivo do projeto

Restauração da mata original, através de plantio de mudas produzidas em diferentes órgãos e instituições públicas e privadas produtoras ou fornecedoras, com o objetivo de restabelecer o ecossistema desintegrado pela ação anterior de ciclos agropecuários que existiram na região, e atual expansão imobiliária próxima às áreas que deveriam ser preservadas.

IV -       Justificativa do projeto

O Morro da Posse neste quadrante apresenta total desmatamento, causado principalmente por razões antrópicas como constantes queimadas, extração de lenha, e utilização das encostas para pastagem, causando forte impacto no ambiente, através do aumento da temperatura, desertificação do solo, surgimento de voçorocas (erosões) causadas pelo solo desprotegido, desaparecimento dos mananciais de água e espécies animais e vegetais que existiram no local. O Reflorestamento do Morro da Posse vem como uma importante ação ecológica, integrando a comunidade na educação ambiental, respeito ao patrimônio natural e manutenção da vida. Em sub-bairros vizinhos (Parque São Pedro e Adriana) aconteceram programas semelhantes com o apoio da Prefeitura.
Os principais efeitos deste desequilíbrio são identificados:
*      Mudanças micro e mesoclimáticas;
*      Mudança na qualidade do ar, em função da redução da evapotranspiração e do aumento da erosão eólica;
*     Redução da biodiversidade, em decorrência da supressão da flora e fauna local;
*      Poluição hídrica, em função da substituição da floresta por ocupação, inadequada, com atividades agropastoris e urbana;
*      Redução da infiltração da água no solo,  aumento do escoamento hídrico superficial, causando erosão e deslizamentos do solo, acarretando em problemas de aumento de assoreamento nos corpos d’água;
*      Expansão imobiliária, onde grandes empresas construtoras de imóveis desmatam vastas áreas antes ocupadas por vegetações diversas, e as demarcações mais próximas às encostas são loteadas e vendidas para construção de casas. 
*      Em alguns terrenos declivosos já podem ser vistos a ocupação irregular urbana, formando áreas críticas de risco;

V -         Produto do projeto

O projeto tem como produtos uma série de atividades, tais como:
-      Preparo do solo;
-      Captação das mudas para reflorestamento;
-      Plantio;
-      Manutenção
-      Vigilância.

VI -       Legislação

1) Constituição Federal
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VII- preservar as florestas, a fauna e a flora;
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade, o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

Art. 3º Consideram-se, ainda, de preservação permanentes, quando assim declaradas por ato do Poder Público, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas:
a) a atenuar a erosão das terras;
h) a assegurar condições de bem-estar público.
3) Lei N° 6.938, de 31 de agosto de 1981
Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
VIII - recuperação de áreas degradadas
Art. 2º.  O Programa Nacional de Florestas tem os seguintes objetivos:
III - recuperar florestas de preservação permanente, de reserva legal e áreas alteradas;
V - reprimir desmatamentos ilegais e a extração predatória de produtos e subprodutos florestais, conter queimadas acidentais e prevenir incêndios florestais;
X - estimular a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas florestais.

VII -      Expectativa do Contribuinte

·         Criação de fluxos de aprovação e satisfação com a comunidade envolvida;
·         Formação de um canal informativo, sobre as etapas do projeto e suas conseqüências na comunidade;
·         Regularidade do clima, redução da poluição atmosférica, melhoria do ciclo hidrológico, melhoria das condições do solo urbano, aumento da diversidade e quantidade da fauna e flora, opções de recreação e lazer em passeios e trilhas ecológicas, valorização dos imóveis, embelezamento do bairro.

VIII -    Fatores de sucesso do projeto

·         Liberação das mudas;
·         Participação e fiscalização da comunidade envolvida;
·         Parceria com moradores do bairro;
·         Valorização e respeito crescentes das ações ambientais, importantes à sociedade.

IX -       Restrições

·         Existência de queimadas, principalmente nas épocas de estiagem;
·    Construções irregulares poderão prejudicar ou impedir o crescimento da vegetação replantada;
·         Presença de atividade pecuária.
Em todos os casos, há a necessidade da observação dos respectivos órgãos e entidades competentes, de acordo com suas atribuições, competências, poderes de fiscalização e polícia constituídos, assim como a possibilidade do controle dos órgãos e instituições doadores.

X -         Premissas

·         A equipe do projeto trabalhará sob forma de mutirão, podendo ser coordenada, supervisionada e corrigida a qualquer momento pelos órgãos e instituições doadores de mudas;
·         A equipe do projeto desenvolverá suas atividades de acordo com as intempéries naturais, horários adequados para plantio, preparação e manutenção do solo e disponibilidades para executarem as tarefas;
·         A liberação das mudas, equipamentos e demais recursos dependerão da análise e aprovação deste trabalho de interesse público;
·         As doações de mudas poderão ser obtidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente através de seus locais de produção como a Fazenda Modelo (Guaratiba) ou o Viveiro de Campo Grande; através do Instituto Estadual de Ambiente (Guaratiba) e Fundação Jardim Botânico que disponibiliza uma ampla diversidade de espécies em seus site http://www.jbrj.gov.br/ sendo que estas doações só poderão ser solicitadas por órgãos públicos. O objetivo é aumentar a biodiversidade de plantas, pois cada horto tem uma complexidade distinta de produção de mudas.

XI -       Exclusões específicas

·         A equipe do projeto não será responsável pelos danos provocados por ações de vandalismo, construções, incêndios, secas, tempestades e outras causas externas ao seu controle, para a proteção das mudas replantadas.

XII -      Entrega do Projeto


1.      Análise dos Processos

o        Inspeção, registro e demarcação do local a ser trabalhado;
o        Captação e transporte de equipamentos e mudas ao local;
o        Preparação do solo e plantio;
o        Fiscalização e controle.

2.      Manutenção

o        É sugerida a equipe envolvida a adoção entre outras rotinas a roçada dos capins e arbustos nas faixas de cultivo para o plantio, o plantio das mudas florestais, coroamento (capina ao redor) das mudas pelo menos 2 vezes no primeiro ano e sempre que necessário, a partir do segundo ano, as roçadas nas faixas de cultivo sempre que necessário, especialmente nos três primeiros anos e o replantio das mudas no início do segundo ano.

3.      Recomendações

o        Dados adicionais sugeridos para a combinação das espécies:
·         Espécies pioneiras
Espécies que iniciam o processo natural de cicatrização de uma clareira; têm crescimento muito rápido, produzem grande quantidade de sementes e se desenvolvem bem sob pleno sol.
·         Espécies secundárias
São espécies que participam dos estágios intermediários da sucessão; as secundárias iniciais têm crescimento rápido e vivem mais tempo que as pioneiras; as secundárias tardias crescem mais lentamente sob sombreamento no início da vida, mas depois aceleram o crescimento em busca dos pequenos clarões no dossel da floresta, superando as copas de outras árvores, sendo por isso denominadas de “emergentes”.
·         Espécies climáticas
Espécies que aparecem nos estágios finais da sucessão; são tolerantes ao sombreamento intenso e se desenvolvem bem nessa condição.


Morro da Posse, no bairro Campo Grande, sub bairro Carina I,
Rio de Janeiro-RJ. CEP: 23093-270
Área não reflorestada




segunda-feira, 12 de setembro de 2011


Plantio de Palmeiras - Setembro/2011

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Vegetação que se queima

A vegetação existente na Serra da Posse é composta predominantemente por capim-colonião
(Panicum maximum, Gramineae), capim rabo-de-burro (Andropogon bicornis, Gramineae) e capim-sapê (Imperata brasiliensis, Gramínea).

Ocorrem exemplares isolados, ou em pequenos grupos, de borrachudo (Machaerium aculeatum, Leguminosae Papilionidae), ipê-cinco-folhas (Sparattosperma leucanthum, Bignoniaceae), goiaba (Psidium guajava, Myrtaceae), açoita-cavalo-miúdo (Luehea divaricata, Tiliaceae) e albizia (Albizia lebbeck, leguminosae).

Como analisado pela Engenheira, a região foi devastada para a ocupação de pastagens

Fonte: http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Monografia%20Danielle%20Gomes.pdf

CUIDADOS NO PLANTIO E DESENVOLVIMENTO

1- Época do plantio

A melhor época é no inicio das primeiras chuvas da temporada, geralmente Setembro a Outubro, quando a terra já estiver molhada em profundidade.

Plantar mudas já formadas, com pelo menos 20 cm de altura.

2- Adubação

Usamos para adubação o mesmo processo que utilizamos para formação de pomares ou culturas homogêneas. Verificar acidez do solo e corrigi-la, adubar no plantio e uma vez ao ano, antes das chuvas, até que as mudas estejam em torno de dois metros de altura.

A utilização de matéria orgânica no plantio é muito benéfica. Forrar o fundo da cova com restos de folhas e galhos recolhidos no local. Alem de prover nutrientes, ajuda a conservar a umidade do solo no período inicial.

Cuidado para que as raízes da muda nunca estejam em contato, no plantio, com o adubo químico.

3- Mata ou bosque

Um bosque é um conjunto de arvores plantadas uniformemente em linha, com bom espaçamento, e sem existência de outra vegetação a não ser algum gramado ou flores baixas.

Uma mata nativa é um conjunto de espécies vegetais em plena concorrência pela sobrevivência, com um rico sub-bosque, pasasitas, invasoras, arvores em disposição irregular, em geral muito próximas umas das outras, serrapilheira (conjunto de cobertura morta do solo) rica e densa.

Em uma recuperação de mata não queremos nada parecido com bosque, portanto o plantio deve ser irregular, mantendo-se ao máximo a vegetação existente (mato).

4- Cuidados com o mato

A existência de mato, vegetação rasteira ou arbustiva original do local, em geral invasora e agressiva, por um lado ajuda a manter a fertilidade do solo, conter erosão e diminuir o ataque das formigas.

Por outro lado ela pode abafar as mudas plantadas e matá-las. Portanto no plantio deve-se deixar um espaço limpo em volta das mudas, e fazer capina de coroamento umas duas vezes por ano, até que a muda se sobressaia da vegetação rasteira, já com uns dois metros de altura.

5- Formigas

As formigas, gafanhotos e grilos são grandes inimigos do reflorestamento, e podem reduzir um projeto a quase zero em pouco tempo.

Deve-se ter em mente que as formigas são agressivas na medida em que o ambiente for desequilibrado. Em uma mata nativa formada vemos grandes formigueiros e carreiras de saúvas, sem detectar prejuízos visíveis às árvores.

Entretanto, em uma área degradada as formigas são extremamente agressivas. Deve-se combate-las com métodos tradicionais (iscas, fumigação) para manter o controle. À medida que as mudas forem crescendo e formando-se um rico sub-bosque, o eco-sistema se encarregará de contê-las.

6- Queimadas

Com certeza um dos principais inimigos.

Manter aceiros em volta do reflorestamento, assim como manter o coroamento das mudas.

7- Podas

À medida que as mudas vão crescendo, diminui-se o desbaste do mato e o consorcio de plantas vai se formando. Neste momento é importante a ação do homem para ajudar a regular a concorrência natural. Observando quais as espécies se tem mais interesse, ou quais estão sendo abafadas, vai-se fazendo desbastes, podas, ou mesmo corte total de algumas. Neste ponto vale a sensibilidade e a vista dos objetivos que se pretende.

O material resultante de podas e cortes é matéria orgânica preciosa. Deve ser deixado no local para fertilizar, umedecer e proteger o solo.

Existem teorias, como a permacultura, que valorizam muito a poda, mesmo de nativas, por estes benefícios e também por arejar a arvore e eliminar envio de seiva para ramos sem chance de crescimento.

REFLORESTAMENTO E RECUPERAÇÃO DE MATAS NATIVAS

É muito comum o questionamento sobre quais as espécies nativas devem ser plantadas em uma área degradada, com intenção de se fazer um reflorestamento ou regeneração de mata nativa, e também qual a melhor forma de fazê-lo. Existem aí algumas considerações:

1- Plantar ou deixar por conta da natureza

Existe uma opinião, endossada por setores do IBAMA, que recomenda deixar a regeneração da mata de forma espontânea, não plantando nem roçando o mato, apenas cercando a área para impedir entrada de gado. Desta forma voltariam a ocorrer espécies naturais da região, vindas de sementes das proximidades ou mesmo em estado de dormência.

Acreditamos porém que esta não é a melhor forma de se recuperar de maneira rápida e segura, pois este modelo se aplica a áreas apenas perturbadas, e não totalmente degradadas ou ocupadas por pastos. Nestes casos, sem a interferência do homem, dificilmente a mata nativa voltaria ao que era. O mais provável é que a área se torne uma chamada “capoeira”, com poucas espécies, e entre elas a predominância de invasoras agressivas.

Assim sendo, o plantio de espécies nativas controlado, convivendo com parte da vegetação espontânea, parece ser a melhor opção.

2- Fator de regeneração progressiva.

Em uma área degradada, a recomposição da mata se faz por etapas. Em primeiro lugar aparecem as espécies pioneiras, mais rústicas, tolerantes ao sol pleno, de pequeno a médio porte, crescimento rápido e menos exigentes. Após estabelecido o que chamamos "mato", composto destas espécies e arbustos, que normalmente são as consideradas pragas da lavoura, começam a surgir as espécies intermediárias, que se aproveitam da sombra das primeiras, e depois as chamadas "climax", que são arvores de grande porte e longevidade, que dominarão a mata, reduzindo as pioneiras a um percentual muito menor, formando o chamado sub-bosque.

Portanto, quanto a este fator, deve-se evitar o plantio de espécies climax em terreno aberto e limpo. Em grandes reflorestamentos é comum o plantio simultâneo de todas as espécies, misturadas. Considera-se então que as pioneiras se desenvolverão mais rapidamente, fornecendo sombra para as climaxes. Ou então procura-se aproveitar a vegetação existente, e plantar as climaxes em seu meio. Nestes casos, é necessário dosar a proteção fornecida pelas pioneiras, devido ao risco de abafamento, fazendo limpezas seletivas de tempos em tempos.

3- Fator clima, altitude, solo.

Existem espécies que se adaptam melhor a solo mais seco ou mais úmido, arenoso, etc. Algumas espécies preferem climas frios, outras só produzem com muito calor. Algumas exigem altitudes mais baixas ou mais elevadas. Normalmente as espécies climaxes exigem um solo mais rico em adubação. Com uma boa literatura é possível obter muitos destes dados.

Efetivamente, vai se obter um resultado melhor escolhendo-se as espécies adequadas.

4- Fator regional (macro região).

Existe uma vegetação caraterística para cada região do país. As principais são:

Floresta Amazônica

Cerrado

Caatinga nordestina

Mata Atlântica

Vegetação litorânea

Pantanal

Mata das Araucárias e campos do sul

Normalmente uma espécie que compõe a vegetação típica da região a ser reflorestada sempre se adaptará bem, respeitando-se compatibilidade de clima e solo.

Por isso é importante observar as matas remanescentes da região, identificando as espécies que se adaptam bem ali, e dar preferência a elas. É muito comum que uma espécie exuberante em uma região não consiga boa adaptação a outra, as vezes a poucos quilômetros do local. Desta forma é muito importante plantar as espécies predominantes da mata original, de preferência originárias de sementes colhidas nas proximidades, que certamente apresentarão desenvolvimento mais rápido e garantido, e depois mescla-las com outras espécies nativas de interesse.

5- Fator aplicação.

Trata-se da finalidade para que se quer o reflorestamento. Normalmente os mais comuns são três requisitos:

Árvores frutíferas para atrair e manter a fauna (muitas vezes não são frutos comestíveis para o homem),

Árvores de grande porte (as tradicionais, também conhecidas como madeira de lei)

Árvores com floração atraente, que também são melíferas, para a apicultura (procurando-se espécies que floresçam em épocas diferenciadas).

Existem muitas espécies que atendem a mais de um dos requisitos, as vezes até os três.

Alguns exemplos de espécies nativas de cada tipo.

Frutíferas: Goiaba, Araçá, Murici, Papagaio, Pombeira, Cajá, Pitanga, Gabiroba.

Grande porte: Jequitibá, Sapucaia, Peroba do Campo, Inuíba, Copaíba, Garapa.

Com Flores: Ipês, Quaresmeira, Mulungu, Canafístulas, Faveiro.