sábado, 15 de março de 2014

Mata Atlântica

Tucano-de-bico-preto é uma ave típica da mata atlântica.
 
Ela se localiza na faixa mais populosa do Brasil, sofrendo pressão intensa, está extremamente fragmentada e pelo menos 510 de suas espécies estão ameaçadas de extinção. Centenas de outras podem ser extintas regionalmente, pela caça e pesca predatórias, poluição, degradação de habitats, conversão da terra à agricultura e outros fatores. Existem muitas reservas protegidas, mas boa parte delas não tem fiscalização suficiente, ou são pequenos fragmentos sobreviventes em áreas muito modificadas e densamente urbanizadas, e não possuem corredores ecológicos para intercomunicação, oferecendo baixas condições de preservação adequada de suas espécies, especialmente as mais vulneráveis.
 
O monitoramento das perdas foi iniciado em 1985, e desde lá foram desmatados quase dois milhões de hectares. O estado de São Paulo possui os maiores trechos remanescentes, concentrados em regiões de difícil acesso da Serra do Mar; provavelmente foi o que os salvou de uma destruição generalizada. Hoje só restam 8,5% da Mata Atlântica original em áreas acima de 100 ha. Contando-se fragmentos menores, a área total chega a 12,5%.
 
Depois de registrar uma tendência de queda entre 2008 e 2010, a Mata Atlântica voltou a apresentar um índice ascendente de desmatamento entre 2011 e 2012, perdendo-se 23.548 hectares, praticamente tudo em Minas Gerais, onde a madeira é usada para alimentar os fornos da siderurgia. O estado é campeão no desmatamento da Mata há quatro anos, e foi denunciado junto ao Ministério Público para averiguações, descobrindo-se irregularidades. Empresas privadas também foram indiciadas. Os dados são da ONG SOS Mata Atlântica e do Inpe.

Desmatamento no Brasil

O desmatamento no Brasil é um dos grandes problemas ecológicos enfrentados pelo país na atualidade. Várias são suas causas, e elas têm peso distinto nas diversas regiões, sendo as mais importantes a conversão das terras para a agricultura ou para a pecuária, a exploração madeireira, a grilagem de terras, a urbanização e a criação de infraestruturas como pontes, estradas e barragens. O estado do Mato Grosso é o mais atingido pelo desmatamento, seguido pelo Pará e Rondônia.
 
Desde que o homem chegou ao atual território do Brasil, há milhares de anos, passou a produzir impacto ambiental em ciclos repetidos de desmatamento. Mudanças climáticas também devem ter provocado importantes rearranjos nas composições florestais de amplas regiões, mas o conhecimento do processo em épocas tão recuadas é muito incompleto. A partir da conquista portuguesa em 1500 os dados começam a ser mais abundantes, atestando que muitas florestas caíram, especialmente no litoral, para retirada de madeiras e uso agropecuário da terra. De lá para cá o problema se agravou profundamente. Estima-se que o país tinha originalmente 90% de sua área coberta por formações florestais variadas, o restante constituído de campos, mas em 2000 a proporção total havia baixado para 62,3%. Regionalmente a situação é ainda mais preocupante. Alguns biomas tiveram reduções muito maiores, especialmente a Mata Atlântica, uma das florestas mais ricas em biodiversidade do mundo, da qual hoje resta menos de 13%, e em estado altamente fragmentário, o que acentua sua fragilidade. Segundo dados da FAO anunciados em março de 2010, nos últimos anos o Brasil vinha apresentando uma nítida tendência de redução na taxa anual de perdas, e reduziu a área líquida desmatada em 20 anos. No entanto, continua líder mundial, seguido pela Indonésia e a Austrália, e em 2013 o ritmo da devastação voltou a crescer.
 
Desde os anos 70 o desmatamento vem ganhando crescente evidência nas mídias e vem sido combatido por crescente número de personalidades insignes, entre as quais se contam cientistas, artistas, filósofos, juristas e educadores de mérito amplamente reconhecido, desencadeando uma vasta polêmica pública que nos últimos anos se exacerbou de maneira intensa. O declínio no ritmo das perdas na última década tem sido saudado no país e no mundo como altamente positivo, em toda parte se multiplicam as pesquisas científicas e as iniciativas independentes para um desenvolvimento ecologicamente seguro, o governo tem investido muitos recursos no setor e tem grandes planos para o futuro, mas isso tem sido considerado muito pouco para assegurar uma mudança definitiva em direção à sustentabilidade, e o governo em sido duramente criticado por desencadear retrocessos graves em vários níveis que anulam os ganhos. 
 
O desmatamento não é um impacto ambiental isolado. Ele está intimamente ligado a outros danos ecossistêmicos, como a poluição, a invasão de espécies exóticas e o aquecimento global, reage com eles e essa integração os reforça mutuamente, gerando efeitos negativos maiores do que a simples soma de seus componentes, efeitos que são muitas vezes irreversíveis. O problema é grave no Brasil, tem raízes culturais antigas e profundas e muitas ramificações, produz sérios prejuízos ecológicos, sociais, econômicos e culturais, e não parece estar perto de uma solução definitiva, enfrentando maciça pressão de setores conservadores e do agronegócio Os especialistas que o estudam afirmam que são necessárias medidas muito mais enérgicas de combate, que levem em consideração os dados científicos antes do que os interesses políticos e econômicos, e que incluam uma educação da sociedade em larga escala, pois grande parte do problema deriva da escassa informação do público em geral, especialmente das populações mais pobres, sobre a decisiva influência de seus hábitos e formas de pensamento na degradação das florestas e de todo o meio ambiente.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A importância do reflorestamento

17/04/2013

A importância do reflorestamento para garantir a qualidade de vida

Por Graziela Lourensoni*

Questões como o desmatamento e a preservação das florestas brasileiras são temas que cada vez mais despertam a atenção da sociedade civil, de empresas públicas e privadas. A garantia da qualidade de vida em nosso planeta está diretamente ligada à preservação florestal, pois são essas áreas verdes as responsáveis pela absorção do gás carbônico, pelo controle da degradação do solo e pela perda da biodiversidade.
Nos últimos anos, com o aumento de campanhas de conscientização, seja por meio da iniciativa privada ou de instituições públicas, a situação de nossas florestas começou a dar sinais de melhora. Prova disso são os dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apontou uma queda de 17% no desmatamento da Amazônia Legal entre 1º de janeiro e 15 de agosto de 2012, quando comparado com o mesmo período em 2011.
No entanto, também é preciso pensar nas áreas que já foram degradadas. Por isso, tão importante quanto combater o desmatamento, é o investimento no reflorestamento. Para se ter uma ideia da eficácia dessa iniciativa, no últimos 11 anos, a ação na região da Mata Atlântica foi responsável pela retirada de 1,2 milhão de toneladas de gás carbônico da atmosfera. Além disso, um estudo feito pelo Instituto Totum e pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, constatou que uma árvore da Mata Atlântica em seus primeiros 20 anos absorve 163,14 kg CO2.
Outro ponto positivo da atividade de reflorestamento é que ela também já pode ser encarada pelos pequenos e médios produtores rurais como uma fonte geradora de renda. Isso foi constatado por um estudo feito pela Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas – ABRAF. O levantamento registrou um crescimento de 23% da área total de florestas plantadas de eucalipto e pinus no país, de 2005 a 2011, evoluindo de 5,294 milhões para 6,515 milhões de hectares, respectivamente.
No entanto, a restauração dessas áreas degradadas exige cuidado e conhecimento técnico. Por isso, é importante estar atento a questões como: a utilização de mudas mais adequadas, levando em consideração o clima e o solo da região, o preparo correto da área que receberá novas árvores e a manutenção apropriada.
É preciso ressaltar ainda que para realizar esse trabalho com segurança e eficiência, uma grande aliada é a tecnologia. Atualmente, já existem no mercado máquinas como motosserras, roçadeiras e sopradores de alta performance, garantindo o manejo adequado e possibilitando a poda e a colheita de árvores de forma equilibrada. Além disso, outro exemplo positivo que podemos ressaltar é a tecnologia X-TORQ®, que foi desenvolvida pela Husqvarna, multinacional sueca líder em equipamentos para manejo de áreas verdes, e é capaz de reduzir em até 60% as emissões de poluentes na atmosfera e de diminuir o consumo de combustível em até 20%.
Quando avaliamos a questão em curto e longo prazo, percebemos que o reflorestamento só tende a trazer benefícios, como a redução de gases de efeito estufa. Por isso, para garantir uma vida com mais qualidade no futuro, em um planeta mais limpo e saudável, é cada vez mais importante investir na conscientização, seja por meio de campanhas realizadas pela iniciativa pública ou privada, e na modernização de processos para o segmento florestal.
*Graziela Lourensoni é gerente de Marketing e Produtos para a América Latina da Husqvarna.

FONTE: http://www.painelflorestal.com.br/noticias/silvicultura/a-importancia-do-reflorestamento-para-garantir-a-qualidade-de-vida