domingo, 24 de janeiro de 2010

O reflorestamento pode impedir os deslizamentos.

Chuvas acumuladas deixam o solo saturado e, em conseqüência disso, menos resistente. A depender dos fatores como altura, tipo de solo e declividade do terreno, este solo pode sofrer deslizamentos. Os principais deslizamentos de terra que podem ocorrer são Dasabamento de Barrancos, Escorregamento do Solo e Avalanche de Terra e Pedras.

O Fenômeno é provocado pelo escorregamento de materiais sólidos, como solos, rochas, vegetação e/ou material de construção ao longo de terrenos inclinados, denominado de encostas, pendentes ou escarpas.
Os deslizamentos em encostas e morros urbanos vêm ocorrendo com uma freqüência alarmante nestes últimos anos, devido ao crescimento desordenado das cidades, com a ocupação de novas áreas de risco, principalmente pela população mais carente.

Há que considerar três fatores de influência na ocorrência dos deslizamentos:
1. Tipo de solo - sua constituição, granulométrica e nível de coesão;
2. Declividade da encosta - cujo grau define o ângulo de repouso, em função do peso das camadas, da granulometria e nível de coesão;
3. Água de embebição - que contribui para aumentar o peso específico das camadas; reduzir o nível de coesão e o atrito, responsáveis pela consistência do solo, e lubrificar as superfícies de deslizamento.

Fatores naturais e antrópicos são determinantes para a ocorrência de desagregação de solo. Os seres humanos deixam os deslizamentos mais propícios devido a atividades como desmatamento, pastoreio excessivo, mineração e construção de estradas. A vegetação age como uma cola, prendendo o solo no lugar e essas atividades roubam essa cola da terra e aumentam a probabilidade de deslizamento. Por exemplo, os deslizamentos acontecem mais em áreas montanhosas que foram abertas para rodovias. Em geral, esses solos precisam de muito menos águas que os declives com solos naturais.

Embora os deslizamentos não possam ser totalmente evitados, as pessoas podem fazer várias coisas para diminuí-los. Canos de esgoto instalados nas encostas podem levar o excesso de água, e as membranas impermeáveis, como película de plástico, podem impedir que a água despeje no solo. O reflorestamento também pode impedir os deslizamentos. Quando uma área é devastada para extração de madeira, construção de estrada ou mineração, a restauração às condições naturais estabiliza a terra.

Talvez a coisa mais importante que as pessoas possam fazer para evitar os perigos dos deslizamentos seja evitar a construção em zonas de risco. O certo seria que os edifícios não fossem construídos em encostas ou em áreas de escoamento, mas se as pessoas constroem nessas áreas, devem tomar as medidas de proteção. Por exemplo, as obras devem usar barreiras para diminuir a erosão e o escoamento.

A época de ocorrência dos deslizamentos coincide com o período das chuvas, intensas e prolongadas, visto que as águas escoadas e infiltradas vão desestabilizar as encostas.
Nos morros, os terrenos são sempre inclinados e, quando a água entra na terra, pode acontecer um deslizamento e destruir as casas que estão embaixo.
Os escorregamentos em áreas de encostas ocupadas costumam ocorrer em taludes de corte, aterros e taludes naturais agravados pela ocupação e ação humana.
Se você acha que está em uma área propícia a deslizamentos, esteja pronto para um plano de evacuação de emergência,
Os deslizamentos são responsáveis por inúmeras vítimas fatais e grandes prejuízos materiais.
O que você pode fazer:
(...)
• Não se deixe enganar por promessas fáceis e ilusórias para obter um lote ou uma casa.
• Avise aos seus vizinhos sobre o perigo, no caso de casas construídas em áreas de risco de deslizamento.
• Se você observar um princípio de deslizamento, avise imediatamente a Defesa Civil do seu Município e o Corpo de Bombeiros.

O que você não pode fazer:
• Não faça cortes nos terrenos de encostas sem licença da Prefeitura, para evitar o agravamento da declividade.
• Não amontoe sujeira e lixo em lugares inclinados porque eles entopem a saída de água e desestabilizam os terrenos.

Fonte: Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas.
Blog: ARARETAMA BIÓJOAS

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A destruição da natureza brasileira em números

O maior problema ambiental reconhecido pelos municípios é o assoreamento de rios, lagos e açudes, com 53% do total. Os gestores atribuem-no à supressão da mata ciliar (70%), ao desmatamento mais amplo (67%) e à erosão e deslizamento de encostas (56%). As soluções apontadas pelos administradores são a recomposição da vegetação nativa (37%), a dragagem e limpeza de canais (37%) e o combate à erosão (35%). O campeão brasileiro em assoreamento é o Estado do Espírito Santo, com 88% em relação aos outros problemas. Faz sentido, pois o Espírito Santo quase acabou com a Mata Atlântica em seu território, gerando um baile de erosão.

· Alterações ambientais com efeitos sobre a qualidade de vida ocupam o segundo lugar da lista, com 41% do total. Segundo as respostas, os principais problemas a concorrerem para este estado são o esgoto a céu aberto (46%), o desmatamento (45%) e as queimadas (42%). É de se notar que, qualitativamente, o fogo e a queima de combustíveis fósseis representam uma grande queixa por parte da população, e a zona açucareira do norte-noroeste fluminense conhece bem o problema.

Em suma, continuam botando fogo no Brasil. Como soluções, as autoridades municipais propõem o controle de vetores de doenças (70%), a ampliação do abastecimento d’água (53%) e a educação (53%). Pernambuco está na liderança com 82%.
· A poluição da água ficou em terceiro lugar, apontando-se para ela o despejo de esgoto doméstico (75%), o uso de agrotóxicos e fertilizantes (42%) e a criação de animais (39%). As soluções apontadas pelos governos municipais são a ampliação da rede de esgoto (52%), a fiscalização do despejo de resíduos domésticos (51%) e o controle da ocupação urbana (40%).

O campeoníssimo é o Estado do Rio de Janeiro, com 77% em relação ao total dos problemas. Isto significa que, em termos de falta de saneamento, o Rio de Janeiro está no degrau mais alto do pódio. A confiar na pesquisa, devemos desconfiar dos governos do Estado e municipais.

· Em quarto lugar vêm as alterações que afetam negativamente a paisagem por conta da erosão (35%), da ocupação irregular do solo (33%) e de empreendimentos imobiliários (28%). Para corrigi-las propõem-se o controle da ocupação urbana (38%), o controle do desmatamento (36%) e a recomposição da vegetação (35%). Neste tópico, a corrida foi vencida pelo Amapá, com 81%.

· A contaminação do solo ocupa o quinto lugar na escala de problemas, e os fatores apontados para ela são o uso de fertilizantes e agrotóxicos (63%), a destinação inadequada de esgoto doméstico (6%) e o chorume (38%). Para combatê-la, o poder público municipal entende ser necessário fiscalizar o despejo de resíduos domésticos (51%), implantar aterros sanitários (40%) e fiscalizar a contaminação oriunda de animais (36%). Novamente, o Espírito Santo aparece no mapa, respondendo com 64%. Principalmente o uso de insumos químicos na lavoura, considerado o mais grave problema neste item, liga-se ao grande desmatamento que sofreu o Espírito Santo, reduzindo as formações vegetais nativas a uma poeira. Este desmatamento visou a abertura de terras para lavouras e pastos com um grande uso de fertilizantes químicos e de agrotóxicos.

· A poluição do ar vem em sexto lugar, causada, primeiramente, por queimadas (64%), vias não pavimentadas (41%) e atividade industrial (38%). As soluções apontadas são o controle das queimadas (28%), a fiscalização de atividades extrativistas (27%) e a fiscalização de atividades industriais (21%). A liderança está com o Amapá, que aparece pela segunda vez na pesquisa, com 63%. A relação entre queimada e poluição do ar é direta. Já a atividade industrial aparece meio deslocada, pois o Estado não é industrializado. A menos que consideremos uma liberdade de funcionamento muito grande para as poucas indústrias implantadas no Amapá.

· Por fim, aparece a degradação de áreas protegidas pelo desmatamento (69%), pelas queimadas (51%) e pela caça de animais silvestres (38%). As propostas apontadas para atacar os problemas são o combate ao despejo de resíduos domésticos (50%), o controle da ocupação urbana (43%) e a recomposição da vegetação nativa (42%). Mais uma vez, o Amapá figura na pesquisa ocupando o primeiro lugar com 56%, o Estado mais degradador do meio ambiente.

Fonte: Folha da Manhã, Campos dos Goytacazes

Prefeitura do Rio lança meta para reduzir em 8% as emissões na cidade


Publicado em 03 de Dezembro de 2009 - 06:05

A Política Municipal de Mudanças Climáticas, elaborada pela Prefeitura do Rios etabelece pela primeira vez na história da cidade uma meta para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. A proposta é diminuir em 8% a emissão até o ano de 2012 e estabelecer ainda um novo indicativo de 16% para 2016 e outro de 20% para 2020.

Para atingir a meta de 8% e tornar a cidade mais sustentável, o prefeito do Rio, assinou seis decretos e firma um contrato com a Coppe UFRJ para a realização de um novo inventário de emissões de CO2. O prefeito assinou também um protocolo de intenções com Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Fundação Brasileira de Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e Rio Como Vamos para uma ação integrada de mobilização de toda a sociedade.

"Com essa meta de redução das emissões de CO², o Rio dá exemplo que é orgulho para todos nós", disse o ministro defendendo a mobilização social, de empresários e ambientalistas para mudanças de "padrões de consumo" que possibilitem atingir essas metas.

Durante a apresentação do programa feita pelo vice-prefeito do Rio e secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, o prefeito Eduardo Paes ressaltou que se trata de um projeto realista comprometido com a redução "naquilo que é possível", com ações de reflorestamento, instalação de transporte sobre trilhos e criação de aterros sanitários.

A Política Municipal de Mudanças Climáticas do Rio será apresentada pela Prefeitura em Copenhague, na Dinamarca, durante a Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Cop-15), que será realizada de 7 a 18 de dezembro.

Ainda participaram da solenidade a secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Suzana Khan; o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Carlos Nobre; o secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa; e a secretaria do Ambiente do Rio, Marilene Ramos.
FONTE:ASCOM - MMA e Prefeitura do Rio

DESLIZAMENTO DE ENCOSTA















Informamos que no dia 31/12/2009 aconteceu um deslizamento da encostado Morro da Posse na direção da Rua Sampaio de Lacerda, no Sub Bairro Parque São Pedro, em virtude da forte chuva que caiu neste dia, associado a falta de um programa de reflorestamento no local.

Devemos lembrar que a Prefeitura do Rio de Janeiro apresentou entre suas metas ambientais até o ano de 2012 (...)

- Fazer o reflorestamento de 1.500 ha até 2012.


E isso já pode ser observado, através da maquiagem do plantio de mudas em canteiros de vias públicas, enquanto áreas que deveriam ter um maior cuidado esperam por novas queimadas e ocupaçoes imobiliárias.